<p style="text-align: justify;">O ex-policial militar Florisvaldo de Oliveira, conhecido como Cabo Bruno, foi assassinado no fim da noite desta quarta-feira (26), em Pindamonhangaba, no interior de São Paulo, pouco mais de um mês depois de deixar a penitenciária Doutor José Augusto César Salgado, no município vizinho de Tremembé, após cumprir 27 anos de prisão.<br />De acordo com a Polícia Civil, Oliveira voltava de um culto religioso com a família, por volta das 23h50, e já estava próximo da residência onde vive quando foi abordado por dois homens. Ele desceu do carro e sofreu cerca de vinte disparos, a maioria no rosto e no abdômen, morrendo já no local. Os parentes, que ficaram dentro do veículo, ficaram ilesos e nada foi roubado.<br />A equipe do 1º Distrito Policial de Pindamonhangaba, onde o caso foi registrado, acredita em execução. O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) da cidade. Ainda não há pista sobre o paradeiro dos assassinos.<br /><br />Esquadrão da morte nos anos 80<br /><br />Acusado de chefiar um esquadrão da morte na polícia, Cabo Bruno foi condenado a 113 anos de prisão por matar mais de 50 pessoas, na zona sul de São Paulo, na década de 80. Com informações de www.jb.com.br.<br /><br /><br />Recapturado em Araraquara<br /><br />Cabo Bruno foi recapturado pela última vez em Araraquara na madrugada do dia 25 de maio de 1988 por agentes do serviço de inteligência da Polícia Militar. Ele estava hospedado há 45 dias em um hotel simples na região da antiga estação ferroviária, centro da cidade e foi surpreendido dormindo por cinco policiais à paisana. O matador estava armado, mas não reagiu à prisão.<br />A segunda fuga de cabo Bruno do presídio militar Romão Batista, de São Paulo, teve como motivo sua revolta por não ter sido beneficiado com o indulto de Natal. A primeira prisão dele foi em 19 de setembro de 1983, mas em 17 de junho de 1984 ele escapou pela primeira vez, usando um guarda como refém. Em 21 de março de 1985 foi preso recapturado em Paragominas, no Pará.<br />A prisão de cabo Bruno em Araraquara foi comemorada pelo comando da Polícia Militar. O comandante geral da corporação paulista à época, coronel Wilson Correa Leite, desabafou: "A PM está de alma lavada". Era uma resposta a setores da sociedade que acreditavam que a PM não tinha interesse em prendê-lo.</p>